GESTAÇÃO E DORES DE
PARTO
Tempos de incertezas e de lutas abrasam o útero da Terra.
Em gestação de risco a humanidade vive dores de parto.
Na guerra o homem quer conquistar o que não lhe pertence,
Com arroubos de prepotência e soberba o forte submete o fraco!
Na luta fratricida, a desigualdade faz crescer o ventre doente...
Um monstro vem à luz e está a caminho num futuro temente...
Sociedade enfraquecida e impotente, da felicidade é simulacro!
Mulher de muitas dores a humanidade geme em gestação.
Útero fecundado pela violência no estupro da maldade.
Envolvido na placenta do orgulho e ignorância, o feto cresce...
Esperando o momento de explodir na apoteose horrenda,
Entre monstros impessoais a destruição como oferenda,
A razão humana calada e submissa emudece!
Seres biônicos... Mentes eletrônicas em corpos de ferro...
Insensíveis ao amor e gestados por controle remoto,
Num parto de lata vazam sua placenta de óleo!
E como robôs teleguiados são dirigidos pelo petróleo,
Alimentados pelas bolsas de valores com lastros de dólares!
Avançam sobre o mundo como falanges ávidas
A comerem as gestações grávidas!
O mundo está em gestação; No seu ventre um monstro;
Agasalha na placenta a destruição da humanidade...
As dores do parto são terríveis e satânicas!
A invasão robótica de seres irracionais é iminente!
Como numa profecia, aproxima-se o apocalipse...
A consciência do homem entrou em eclipse...
O robô do desamor caminha insolente!
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