terça-feira, 10 de março de 2015

ENIGMA

Riqueza que ostenta soberba,
Compra interesses e macula a honra.
Encastela-se em mansões de ouro...
Detém status duradouro de poder!
Do trono vê o mundo no bem viver...
No conforto pleno e duradouro,
Esquece-se que tem que sobreviver!


Bem ali perto no sopé de sua farta mesa,
O herói da pobreza mendiga suas migalhas...
O enigmático poderoso atrás de seus altos muros,
Ignora a realidade do lado de fora!
Não entende o enigma da pobreza que aflora
Do grito profundo do herói e seus conjuros!


O misterioso enigma esconde da vida querelas...
Do sofrimento dos heróis da pobreza,
Aos berços dourados dos milionários impávidos,
A indiferença assoberbada da nobreza,
À fome sedenta e vazia de tanta frieza,
O homem ainda não decifrou essas mazelas
Dos apetites grosseiros e atávicos!


Da vida, dois enigmas desafiam a existência:
Entre a riqueza e a pobreza num profundo abismo,
Convivem lado a lado o rico e o pobre...
Com direitos iguais que a vida lhes confere,
Como decifrar a indiferença abastada que fere
O vazio da fome que prostra a alma nobre
De um moribundo que sem esperanças lhe consome?








Nenhum comentário:

Postar um comentário