ENIGMA
Riqueza que ostenta soberba,
Compra interesses e macula a honra.
Encastela-se em mansões de ouro...
Detém status duradouro de poder!
Do trono vê o mundo no bem viver...
No conforto pleno e duradouro,
Esquece-se que tem que sobreviver!
Bem ali perto no sopé de sua farta
mesa,
O herói da pobreza mendiga suas
migalhas...
O enigmático poderoso atrás de seus
altos muros,
Ignora a realidade do lado de fora!
Não entende o enigma da pobreza que
aflora
Do grito profundo do herói e seus
conjuros!
O misterioso enigma esconde da vida querelas...
Do sofrimento dos heróis da pobreza,
Aos berços dourados dos milionários
impávidos,
A indiferença assoberbada da nobreza,
À fome sedenta e vazia de tanta
frieza,
O homem ainda não decifrou essas
mazelas
Dos apetites grosseiros e atávicos!
Da vida, dois enigmas desafiam a
existência:
Entre a riqueza e a pobreza num
profundo abismo,
Convivem lado a lado o rico e o pobre...
Com direitos iguais que a vida lhes confere,
Como decifrar a indiferença abastada
que fere
O vazio da fome que prostra a alma
nobre
De um moribundo que sem esperanças
lhe consome?
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