sexta-feira, 6 de julho de 2018


A ELIMINAÇÃO

Pude observar e tirar conclusões, não técnicas, mas, psicológicas e de ordem física, sobre a eliminação da seleção brasileira nesta Copa do Mundo.
A seleção, sobretudo no jogo contra a Bélgica, não teve uma dinâmica envolvente e de se impor durante a porfia.
Enquanto que a França, por exemplo, jogava na verticalidade e com marcação alta não dando espaços para o seu oponente Uruguai.
O nosso time brasileiro, embora composto pela maioria de jogadores que atuam na Europa, apresentou-se com um jogo muito burocrático com excesso de toques laterais e acentuada lentidão desde a saída da bola na sua defesa até os lances de ataque.
Outro aspecto que me chamou a atenção foi o de que a Bélgica ganhava todas as bolas aéreas, quer na defesa quanto no ataque. E foi assim que tomamos o primeiro gol contra de Fernandinho que não esteve à altura do seu companheiro.
Na verdade, já não fizemos uma partida satisfatória na estreia contra a Suíça. No jogo contra Costa Rica passamos por momentos de sufoco... Contra o México, um primeiro tempo sofrível e apagado.
No frigir dos ovos, vejo uma participação apagada e sem brilho da nossa seleção. Sua apresentação foi diametralmente oposta às da fase eliminatória quando vencemos todos os adversários e criamos uma expectativa favorável, a qual não veio a se confirmar nos quatro jogos que disputamos.
Parece até, que, o desastre dos sete a um no Minerão na Copa passada, está causando ainda algum tipo de  sequelas psicológicas no consenso coletivo da seleção.
Em que pese o excelente trabalho realizado por Tite na condução desde as eliminatórias até o início da Copa, os atletas deixaram a desejar dentro de campo na hora de mostrarem todo planejamento que fora elaborado pela comissão técnica.
Alguns percalços atrapalharam, como a contusão de jogadores titulares, aos quais não foram, na minha opinião,  substituídos à altura nas laterais e cabeça de área na contenção.
Neymar, a nossa maior estrela e sobre quem pairavam esperanças não brilhou.
No jogo com a Bélgica tomamos um gol contra, logo de Fernandinho!... E a Bélgica explorou bem o lado esquerdo da defesa brasileira onde conseguiu o seu segundo gol!...
Então, chega ao fim uma fase enganosa da seleção... Uma coisa é vencer latinos americanos com um estilo violento e truculento de Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, principalmente, que jogam com pegada forte e muita catimba... Outra coisa é enfrentar europeus, que, jogam um futebol moderno, sem catimba, mas, verticalmente, com velocidade de passes e muito jogo aéreo onde são imbatíveis de cabeça!
Acho que ficam como processo de aprendizagem (Quem diria hein o Brasil ter que reaprender?) o episódio dos sete a um para a Alemanha e os dois a um para a Bélgica. Isso mostra que alguma coisa ainda está para se resolver nos trabalhos de comissão técnica da seleção, observando ainda que, da mesma forma, essa conceituação é válida aos Campeonatos brasileiro das Séries A, B e C, onde começam as filosofias de jogo dos nossos jogadores.
Nosso consolo é as eliminações de Alemanha, Espanha, Uruguai, Portugal, que estão no ról dos “grandes” do futebol mundial, com suas estrelas a fazerem companhia ao nosso Neymar.

Jose Alfredo - jornalista


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