A
ELIMINAÇÃO
Pude
observar e tirar conclusões, não técnicas, mas, psicológicas e de ordem física,
sobre a eliminação da seleção brasileira nesta Copa do Mundo.
A
seleção, sobretudo no jogo contra a Bélgica, não teve uma dinâmica envolvente e
de se impor durante a porfia.
Enquanto
que a França, por exemplo, jogava na verticalidade e com marcação alta não
dando espaços para o seu oponente Uruguai.
O
nosso time brasileiro, embora composto pela maioria de jogadores que atuam na
Europa, apresentou-se com um jogo muito burocrático com excesso de toques
laterais e acentuada lentidão desde a saída da bola na sua defesa até os lances
de ataque.
Outro
aspecto que me chamou a atenção foi o de que a Bélgica ganhava todas as bolas aéreas,
quer na defesa quanto no ataque. E foi assim que tomamos o primeiro gol contra
de Fernandinho que não esteve à altura do seu companheiro.
Na
verdade, já não fizemos uma partida satisfatória na estreia contra a Suíça. No
jogo contra Costa Rica passamos por momentos de sufoco... Contra o México, um
primeiro tempo sofrível e apagado.
No
frigir dos ovos, vejo uma participação apagada e sem brilho da nossa seleção.
Sua apresentação foi diametralmente oposta às da fase eliminatória quando
vencemos todos os adversários e criamos uma expectativa favorável, a qual não
veio a se confirmar nos quatro jogos que disputamos.
Parece
até, que, o desastre dos sete a um no Minerão na Copa passada, está causando
ainda algum tipo de sequelas psicológicas
no consenso coletivo da seleção.
Em
que pese o excelente trabalho realizado por Tite na condução desde as
eliminatórias até o início da Copa, os atletas deixaram a desejar dentro de
campo na hora de mostrarem todo planejamento que fora elaborado pela comissão
técnica.
Alguns
percalços atrapalharam, como a contusão de jogadores titulares, aos quais não
foram, na minha opinião, substituídos à
altura nas laterais e cabeça de área na contenção.
Neymar,
a nossa maior estrela e sobre quem pairavam esperanças não brilhou.
No
jogo com a Bélgica tomamos um gol contra, logo de Fernandinho!... E a Bélgica
explorou bem o lado esquerdo da defesa brasileira onde conseguiu o seu segundo
gol!...
Então,
chega ao fim uma fase enganosa da seleção... Uma coisa é vencer latinos
americanos com um estilo violento e truculento de Uruguai, Argentina, Chile,
Paraguai, principalmente, que jogam com pegada forte e muita catimba... Outra
coisa é enfrentar europeus, que, jogam um futebol moderno, sem catimba, mas,
verticalmente, com velocidade de passes e muito jogo aéreo onde são imbatíveis de
cabeça!
Acho
que ficam como processo de aprendizagem (Quem diria hein o Brasil ter que
reaprender?) o episódio dos sete a um para a Alemanha e os dois a um para a
Bélgica. Isso mostra que alguma coisa ainda está para se resolver nos trabalhos
de comissão técnica da seleção, observando ainda que, da mesma forma, essa
conceituação é válida aos Campeonatos brasileiro das Séries A, B e C, onde
começam as filosofias de jogo dos nossos jogadores.
Nosso
consolo é as eliminações de Alemanha, Espanha, Uruguai, Portugal, que estão no
ról dos “grandes” do futebol mundial, com suas estrelas a fazerem companhia ao
nosso Neymar.
Jose
Alfredo - jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário