NOSSA GERAÇÃO
Nos tempos de nossos avós, havia felicidade no futuro dos netos e
filhos. No nosso tempo havia felicidade no nosso futuro... Avós e pais focavam
a nossa vida com futuro brilhante!
As expectativas apontavam sempre na formação e diplomação da nossa
geração. Seríamos médicos, professores, engenheiros, advogados... A vida era
sempre valorizada na formação futura dos filhos e netos.
Somos nós, setentões, a última estirpe acendrada nos valores
nascidos e alimentados no seio da família.
A atual geração (nossos filhos) não pensam mais daquela forma.
Aqueles valores foram banalizados assim como a família, escola e trabalho, hoje
são apenas meras contingências de uma sociedade doente, sem ideal!
Gradualmente, foi-se esvaindo o respeito, a vocação do diploma, o amor
à família, à religião, o compromisso ao trabalho.
Foi inoculado na atual geração, o vírus da insolência, da desobediência,
do jeitinho brasileiro,
e da irresponsabilidade, sob o sol dos injusto, dos violentos, dos
viciados e dos vagabundos.
No nosso tempo (setentões) tínhamos as vozes de nossos pais e avós
que balizavam nossos caminhos com conselhos e se preciso fosse, com palmadas e
puxões de orelhas.
Havia gestos que privilegiavam as correções de atitudes aos quais
tínhamos a capacidade de acatar quer viessem dos avós ou dos pais!
Somos do tempo em que havia cumprimento de ordens e de obrigações.
Tínhamos direitos também na mesma medida dos deveres... Respeitávamos as
opiniões de nossos pais e, sobretudo, dos mais velhos!
Vivíamos sob o controle dos horários, das ordens, do compromisso, da
disciplina e do respeito à vida! Nossa alimentação, horas de sono, de estudo e
de laser, de trabalho e do convívio com nossos pais, regulavam a saúde psíquica
e física da nossa vida!
Posso perceber, nestes dias de hoje, a fortaleza moral, física e
espiritual que alimenta minha vida nos meus setenta e um anos!
Tenho o privilégio, de pensar, raciocinar, observar, falar,
conceber, executar, criar, amar e respeitar a todo o contexto que me cerca socialmente,
porque, aprendi tudo isso, na fase mais crítica de minha vida: “a adolescência
e puberdade”...
Fomos felizes durante o nosso tempo! Recebemos amor, carinho,
atenção, disciplina e instrução de cultura!
Os valores do nosso tempo não foram BANALIZADOS como ocorre na
atualidade! Ao contrário, eram CELEBRADOS como premissas de verdadeira vida e
objetivavam sempre a felicidade futura dos filhos e netos nos compromissos com
suas vidas!
E hoje, como vão as coisas? Posso garantir que vejo apenas
confusões, artimanhas, desamor, irresponsabilidades e banalizações das famílias
e dos jovens!
Netos e filhos são apenas contingências constantes no registro de
nascimento. Pais e mães apenas instrumentos físicos que geraram pessoas para o
mundo. Avós, é coisa do passado e careta!
Jose Alfredo Evangelista - Jornalista
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