quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

TEXTO CRÔNICA

NOSSA GERAÇÃO

Nos tempos de nossos avós, havia felicidade no futuro dos netos e filhos. No nosso tempo havia felicidade no nosso futuro... Avós e pais focavam a nossa vida com futuro brilhante!
As expectativas apontavam sempre na formação e diplomação da nossa geração. Seríamos médicos, professores, engenheiros, advogados... A vida era sempre valorizada na formação futura dos filhos e netos.
Somos nós, setentões, a última estirpe acendrada nos valores nascidos e alimentados no seio da família.
A atual geração (nossos filhos) não pensam mais daquela forma. Aqueles valores foram banalizados assim como a família, escola e trabalho, hoje são apenas meras contingências de uma sociedade doente, sem ideal!
Gradualmente, foi-se esvaindo o respeito, a vocação do diploma, o amor à família, à religião, o compromisso ao trabalho.
Foi inoculado na atual geração, o vírus da insolência, da desobediência, do jeitinho brasileiro,
e da irresponsabilidade, sob o sol dos injusto, dos violentos, dos viciados e dos vagabundos.
No nosso tempo (setentões) tínhamos as vozes de nossos pais e avós que balizavam nossos caminhos com conselhos e se preciso fosse, com palmadas e puxões de orelhas.
Havia gestos que privilegiavam as correções de atitudes aos quais tínhamos a capacidade de acatar quer viessem dos avós ou dos pais!
Somos do tempo em que havia cumprimento de ordens e de obrigações. Tínhamos direitos também na mesma medida dos deveres... Respeitávamos as opiniões de nossos pais e, sobretudo, dos mais velhos!
Vivíamos sob o controle dos horários, das ordens, do compromisso, da disciplina e do respeito à vida! Nossa alimentação, horas de sono, de estudo e de laser, de trabalho e do convívio com nossos pais, regulavam a saúde psíquica e física da nossa vida!
Posso perceber, nestes dias de hoje, a fortaleza moral, física e espiritual que alimenta minha vida nos meus setenta e um anos!
Tenho o privilégio, de pensar, raciocinar, observar, falar, conceber, executar, criar, amar e respeitar a todo o contexto que me cerca socialmente, porque, aprendi tudo isso, na fase mais crítica de minha vida: “a adolescência e puberdade”...
Fomos felizes durante o nosso tempo! Recebemos amor, carinho, atenção, disciplina e instrução de cultura!
Os valores do nosso tempo não foram BANALIZADOS como ocorre na atualidade! Ao contrário, eram CELEBRADOS como premissas de verdadeira vida e objetivavam sempre a felicidade futura dos filhos e netos nos compromissos com suas vidas!
E hoje, como vão as coisas? Posso garantir que vejo apenas confusões, artimanhas, desamor, irresponsabilidades e banalizações das famílias e dos jovens!
Netos e filhos são apenas contingências constantes no registro de nascimento. Pais e mães apenas instrumentos físicos que geraram pessoas para o mundo. Avós, é coisa do passado e careta!


Jose Alfredo Evangelista - Jornalista

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